História

Após a pesquisa e recolha de todos os documentos que directa ou indirectamente diziam respeito a Mons. Joaquim Alves Brás, e após o exame dos seus escritos impressos e inéditos, feito pelos censores teólogos (Doutores Henrique de Noronha Galvão e José Manuel dos Santos Ferreira) e especialistas em história (Doutores Manuel José Macário do Nascimento Clemente e Maria José Barreiros de Carvalho), a Sé Apostólica concedeu o “Nihil Obstat” à instrução da Causa de Beatificação do Servo de Deus, a 12 de Março de 1990, conforme tinha sido solicitado pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, a 7 de Fevereiro do mesmo ano.

A Sessão de Abertura do Processo de beatificação, a nível Diocesano, presidida por D. António Ribeiro, realizou-se a 15 de Junho de 1990, no Patriarcado de Lisboa, com a presença de D. Luciano Angeloni, Núncio Apostólico em Portugal, D. Albino Cleto, Bispo Auxiliar de Lisboa, vários sacerdotes, os membros do Tribunal, constituído para o efeito, algumas testemunhas, muitas Cooperadoras e numerosos fiéis.

 

A pedido do Tribunal de Lisboa foram instruídos, pelos respectivos Bispos, Tribunais Rogatoriais nas Dioceses de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lamego, Leiria/Fátima, Porto e Viseu.

As 81 testemunhas que depuseram em Tribunal eram pessoas de comprovada idoneidade, e por isso merecedoras de todo o crédito, provenientes de diversas regiões de Portugal, e pertencentes a vários extractos sociais, reflectindo assim uma grande variedade de situações: Bispos, sacerdotes e leigos (homens e mulheres, solteiros e casados, consagrados religiosos e seculares, entre os quais Cooperadoras da Família)

 

 

O Processo Diocesano foi um trabalho exaustivo, realizado com empenhamento e muita generosidade. O Postulador, Pe Ettore Calovi, atribuiu “a não comum brevidade do Processo à invulgar estatura moral do Servo de Deus, cujas virtudes cristãs e sacerdotais foram largamente sufragadas por quantos tiveram a dita de o contactar directamente ou indirectamente” e também “à competência e ao persistente trabalho dos mais directos intervenientes no Processo, ao seu espírito de sacrifício e dedicação à Causa”.

 

A coroar este empenhamento de 21 meses, a Sessão de Clausura do Processo Diocesano realizou-se no dia 18 de Março de 1992, sob a presidência de D. António Ribeiro, Patriarca de Lisboa. Estavam presentes D. Luciano Angeloni, Núncio Apostólico em Portugal, o Revdo Pe António Luciano dos Santos Costa, Delegado do Bispo da Guarda, os elementos do Tribunal, alguns membros do Cabido da Sé Patriarcal, vários sacerdotes, membros das instituições fundadas por Mons. Alves Brás, e dezenas de fiéis.

 

Do processo constam 14 Dossiers duplicados, que foram lacrados no final da Sessão Pública e entregues por Sua Eminência o Senhor Cardeal Patriarca ao Postulador Pe. Ettore Calovi com a incumbência de os entregar na Congregação para as Causas dos Santos, em Roma.

 

O Postulador e depois a Coordenadora Geral do Instituto Secular das Cooperadoras da Família, Maria Otília Nave Tourais, agradeceram ao Senhor Cardeal Patriarca, o acolhimento dado ao Processo e aos membros do Tribunal pelo excelente trabalho realizado, em tão curto espaço de tempo.

 

D. António Ribeiro a encerrar a Sessão disse que o Processo de beatificação do Servo de Deus, Mons. Joaquim Alves Brás, constitui para todos nós um apelo à santidade a que todos somos chamados pelo Baptismo. Lembrou o dever de intensificarmos a oração, para que o Senhor manifeste o seu poder no Servo de Deus, Joaquim Alves Brás, para que a Igreja em tempo oportuno venha a reconhecer a heroicidade da sua vida e virtudes, e congratulou-se com o trabalho do Tribunal.

O Processo foi entregue, na Congregação para as Causas dos Santos, no dia 1 de Abril de 1992, cujo Prefeito era o Cardeal Ângelo Felici, que fora Núncio Apostólico em Portugal. E em carta, datada do dia 14 do mesmo mês e ano, a Coordenadora Geral do Instituto Secular das Cooperadoras da Família, constituía Postulador da Causa, Mons. Arnaldo Pinto Cardoso, residente em Roma

Pouco mais de um ano depois, a 4 de Junho de 1993, precisamente no dia que o Instituto Secular das Cooperadoras da Família celebrava os 60 anos da sua fundação, o mesmo Dicastério Romano emitia o Decreto de Validade do Processo e, a 25 de Junho do mesmo ano, nomeava Relator da Causa Mons. José Luís Gutiérrez.

 

A partir de Março de 1995, a Vice-Postulação passou a editar um Boletim trimestral de divulgação da Causa de Beatificação de Mons. Joaquim Alves Brás, com o título de “Flores sobre a Terra”.

O volume da Positio Super Virtutibus et Fama Sanctitatis com cerca de 650 páginas foi entregue na Congregação para as Causas dos Santos, a 30 de Março de 1996, pelo Postulador da Causa Mons. Arnaldo Pinto Cardoso.

 

O Congresso Especial da Congregação para as Causas dos Santos, reuniu a 18 de Janeiro de 2008 para reflectir sobre a heroicidade das virtudes do Servo de Deus Mons. Joaquim Alves Brás. Terminada a discussão, os nove Consultores exprimiram o seu voto afirmativamente, augurando que este Servo de Deus, chegue depressa à desejada Beatificação.

 

Em 15 de Março de 2008, em plena celebração dos 75 anos da fundação do Instituto Secular das Cooperadoras da Família, o Papa Bento XVI mandou publicar o Decreto de reconhecimento da heroicidade das virtudes do Servo de Deus, Joaquim Alves Brás, atribuindo-lhe o título de Venerável.

 

O Decreto é assinado por Sua Eminência o Cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, e respectivo Secretário, Monsenhor Michele di Ruberto. A 11 de Maio de 2008, antes da concelebração Eucarística a que presidiu em Fátima, D. José Saraiva Martins entregou dois exemplares do referido Decreto, um à Coordenadora Geral do ISCF, Drª Dulce Teixeira de Sousa, outro ao Bispo da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício.

 

 

Uma síntese do mesmo Decreto foi lida, no Santuário de Fátima, no início da celebração da Eucarística, no Domingo de Pentecostes de 2008, por Mons. Arnaldo Pinto Cardoso, Postulador da Causa.

 

Ao Venerável Servo de Deus, podemos recorrer com fé em nossas necessidades, na certeza de que ele no Céu, junto de Deus, continua a advogar a Causa da Família.

Oração

 

A quantos receberem graças por intercessão do Venerável Servo de Deus,

pede-se que enviem relação das mesmas para:

 

Postulação: Mons. Arnaldo Pinto Cardoso

Via Nicolò V, 3 - 00165 ROMA Tel. 06/390901

 

Vice Postulação: Maria de Fátima Castanheira Baptista

Rua de Santo António à Estrela, 35

1399-043 LISBOA Tel. 21/3942420

E-mail: mons.alvesbras@netcabo.pt