PADRE ALVES BRÁS

Homenagem a Monsenhor Alves Brás, pela Câmara da Covilhã – Ato de louvor e agradecimento

Data

A Postulação e Vice-Postulação da Causa de Canonização do Venerável Padre Joaquim Alves Brás que, desde a primeira hora, acolheu, com alegria, a ideia da Homenagem a este Servo de Deus, pela Câmara Municipal da Covilhã, não pode deixar de agradecer o modo digno, rico e solene, como foi preparado e realizado este evento, de que todos, certamente, nos regozijamos.   

Para além de agradecer, queremos também louvar a nobre iniciativa da Câmara da Covilhã, que soube reconhecer a grandeza de coração e de ação de um filho do seu Concelho.

Mais, salientamos a dedicação e empenho de toda a equipa de pessoas envolvidas, dos vários departamentos, superiormente coordenadas pela Exma. Senhora Vereadora da Cultura e Educação, Drª Regina Gouveia, que foi a alma deste ato tão nobre e, por isso, merecedor do nosso mais vivo apreço e reconhecimento.

Destacamos também o dia escolhido pela Câmara, não ao acaso, mas por vontade expressa da Srª Vereadora, o dia do aniversário natalício de Joaquim Alves Brás, (120 anos) e o Dia Internacional da Felicidade, para homenagear aquele que levou a felicidade a tantas pessoas e a tantas famílias.

O programa, concebido para destacar a santidade do Homem de Deus, que dedicou a maior parte da sua vida a uma franja da Humanidade ferida na sua dignidade e direitos, e outra parte à família, a um tempo, causa e remédio deste e de outros problemas sociais, primou, na sessão solene, tanto pelo brilho da oratória, como pelo encanto musical do grupo de alunos da Escola Profissional da Beira Interior.

Os exímios oradores, fundamentando-se ora nos escritos, ora na experiência, própria ou alheia próxima, expressaram ideias, sentimentos e vivências, que fizeram vibrar as cordas da alma, proporcionando, no Dia Internacional da Felicidade, momentos profundamente felizes no coração dos ouvintes, que ali acorreram em massa fazendo transbordar o salão Nobre da Câmara Municipal da Covilhã.

No uso da palavra, tomaram-na, em primeiro lugar o Sr. Presidente da Junta de Casegas, grande impulsionador desta homenagem que, recordando os seus tempos de menino, em que conheceu o Pe. Brás, descreveu, em traços largos e linguagem clara e vibrante, a par com o simbolismo de alguns números, a ação do Servo de Deus na sua terra natal, nomeadamente no apoio dado à construção da nova Igreja e na criação do Centro de Cooperação Familiar.

Seguidamente, uma prima de Monsenhor Brás, D. Maria do Céu Alves Brás, brindou-nos com as suas “Memórias”, nas quais descreveu alguns episódios e acontecimentos da sua infância, e traçou a imagem que a família tinha deste seu ente mais ilustre, como sendo uma pessoa austera, muito reta, muito direta, abominando a mentira e que não admitia meias medidas…E concluiu com a opinião do seu pai, que dizia:o Padre Joaquim, não nasceu santo, mas fez-se santo”!

Por sua vez, Monsenhor Arnaldo Pinto Cardoso, Postulador da Causa de Canonização do Venerável Padre Joaquim Alves Brás e autor da sua mais recente biografia, iniciou o seu discurso baseado no perfil espiritual-sacerdotal do Servo de Deus, de onde relevou o seu grande ardor apostólico e o seu coração compassivo, que o levou a dedicar-se à causa de uma classe desprotegida e, a partir daí à família, dando origem a duas grandes fundações: a OPFC – hoje Obra de Santa Zita – e o ISCF – Instituto Secular das Cooperadoras da Família. Seguidamente, descreveu um pouco da ação do Pe. Brás na Covilhã, onde orientou quase duas dezenas de retiros e tríduos, a par com muitas reuniões a associadas, assistentes e outras pessoas envolvidas nas suas ações.

 A Coordenadora Geral do ISCF, Maria Alice Marques Cardoso, veio completar o elenco das ações do Padre Brás e da sua Obra, nomeadamente na atualidade, falando da sua expressão de Norte a Sul do País e no estrangeiro, tanto através das Casas de Santa Zita, hoje com reconversão de equipamentos, ações e população-alvo: crianças, idosos, e os jovens na Escola Profissional ASAS, como através do ISCF: nos Centros de Cooperação Familiar, no CAF – Centro de Aconselhamento Familiar, na Escola Missionária de Cabinda – Angola, – com cerca de 600 crianças em idade escolar, nos Focos de Esperança e noutras iniciativas. 

Sua Ex.cia Revma. Senhor D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, não só quis dar-nos a honra e o estímulo da sua presença, como também da sua palavra inspirada e inspiradora, acerca do Pe. Brás, a confirmar a heroicidade da sua vida e virtudes.  

A encerrar o elenco de oradores, a Senhora Vereadora da Cultura, em tom vibrante e festivo, deixou transparecer o orgulho que sentia pelo evento, tecendo elogiosas considerações à pessoa e obra de Monsenhor Brás, e evidenciando o amor que lhe dedicam os membros das suas fundações, e que foi notório na preparação desta festa. Referindo-se também à exposição, fez questão de incentivar à sua visita, durante o espaço de tempo em que ficará patente ao público. Por fim, agradeceu a todos os presentes, nomeadamente aos oradores e aos alunos da EPABI, e informou que o segundo objetivo desta homenagem era dar a conhecer a Casa-Museu Monsenhor Alves Brás, em Casegas, pelo que incentivava os presentes a fazer a visita a este espaço de memória histórica que é, simultaneamente, um marco cultural a enriquecer o município da Covilhã. 

A sessão solene terminou com o Hino ao Fundador, cantado em playback por um grupo de Cooperadoras da Família, a que se associaram muitos dos presentes, entre os quais alguns que ainda conheceram e privaram com Monsenhor Joaquim Alves Brás.    

Como prolongamento desta homenagem, e a fim de permitir aos visitantes desta Autarquia, um maior conhecimento da figura e obra do Servo de Deus, Venerável Padre Joaquim Alves Brás, foi inaugurada, neste dia, uma exposição tão singela quão significativa da sua vida e obra, de onde constam, essencialmente: alguns objetos de uso pessoal do Servo de Deus, Alfaias litúrgicas, Jornais com notícias de acontecimentos e atividades importantes das Obras, a nível nacional e do Município da Covilhã, publicações dos inícios da Obra, editadas pelo Pe. Brás, e painéis ilustrativos da sua vida e ação.

Esta exposição que ficará patente durante um mês, no átrio da Sede da Câmara Municipal, contribuirá, certamente, para um maior conhecimento do Venerável Servo de Deus, Monsenhor Joaquim Alves Brás, facto que poderá dar um certo incremento ao processo de Beatificação, que tanto ansiamos.

Uma vez mais, reiteramos os nossos agradecimentos à Autarquia da Covilhã, bem como agradecemos a todas as pessoas presentes, mas de modo particular, aos oradores, à EPABI, aos Exmos. Senhores Bispos, da Guarda e de Viseu, e aos sacerdotes, religiosos e religiosas que, por si, ou em representação das suas comunidades participaram neste grandioso acto.

Que o Venerável Servo de Deus, Monsenhor Joaquim Alves Brás, lá do céu, a todos conceda as maiores bênçãos e graças.

Conceição Brites

Galeria de imagens da Sessão Solene de homenagem a Monsenhor Alves Brás e da Exposição patente ao público no átrio da Câmara Muncipal da Covilhã.