Uma colorida moldura humana encheu o Auditório Paulo VI, em Fátima. Um dia de festa para encerrar três anos de iniciativas que refletiram e deram a conhecer a Vida e Obra do Pe. Brás, cujos 100 anos de Ordenação Sacerdotal se assinalaram no passado dia 19 de julho. Um triénio que “reforçou em nós o sentido da missão que temos, que é, exatamente, o cuidado com a família”, afirmou Conceição Vieira, coordenadora geral do Instituto Secular das Cooperadoras da Família.
A peregrinação da Família Blasiana encerrou em Fátima, no dia 20 de julho, três anos de caminhada rumo ao Centenário de Ordenação Sacerdotal do Pe. Joaquim Alves Brás, assinalado, um dia antes, a 19 de julho.
“Este triénio reforçou em nós o sentido da missão que temos, que é, exatamente, o cuidado com a família”, afirmou Conceição Vieira, coordenadora geral do Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF), no final de um dia que começou de manhã com a participação no Terço e Eucaristia no recinto do Santuário de Fátima e que terminou com um momento festivo no Auditório Paulo VI.
Da direita para a esquerda: Mons. Fernando Silva de Matos, Postulador da Causa de Beatificação e Canonização do Pe. Joaquim Alves Brás, D. José Miguel Pereira, bispo da Guarda, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco e Mons. Francisco Vermelho, da mesma diocese.
Para Juan Ambrosio, membro de uma vasta equipa que ao longo de três anos preparou e realizou inúmeras iniciativas que deram a conhecer mas também a refletir a Vida e Obra do Pe. Brás, “o trabalho não acabou”. Para o teólogo e docente da Universidade Católica Portuguesa (UCP) que ajudou a traçar o Congresso Internacional sobre o legado e a atualidade do pensamento do Pe. Brás há que “ousar o futuro”. “Durante estes três anos, fomos às origens, fomos ao berço, fomos às fontes, olhámos para o presente, para a realidade atual e agora trata-se de ousar o futuro”, referiu Juan Ambrosio”. “Acho que se o Pe. Brás aqui estivesse ia ousar o futuro. Ousou-o no tempo dele, ousá-lo-ia agora outra vez. E acho que esse é o desafio que temos que enfrentar”, acrescentou.
Para Mons. Fernando Silva de Matos, Postulador da Causa de Beatificação e Canonização do Pe. Joaquim Alves Brás, este caminho “foi um caminho de graça e de enriquecimento espiritual para todos os que participaram”. Vindo de Roma, para participar nesta peregrinação deu os parabéns a todos os envolvidos na organização, afirmando que “todo este percurso foi um trabalho de sementeira que terá os seus frutos”.
Presente esteve também D. José Miguel Pereira, bispo da diocese da Guarda, diocese de origem do Pe. Joaquim Alves Brás e diocese onde começou a fundar a sua Obra. Numa curta intervenção sobre o “mandamento do Amor”, D. José Pereira pediu inspiração ao Pe. Brás e as orações de todos para que venha a ser mais conhecido. “Que Monsenhor Brás nos inspire e nos guie. E, entretanto, vamos também rezando para que, por sua intercessão, possa acontecer um milagre para que ele possa ainda ser mais conhecido e possa inspirar mais famílias no caminho do amor”, referiu.
Alda Casqueira & Animatus Band com a colaboração das crianças da Creche e Pré-escolar da Obra de Santa Zita de Portalegre.A tarde festiva contou com a atuação de Alda Casqueira, uma educadora de infância que vê a música como um instrumento pedagógico e transmissor de valores. Com um reportório onde já havia uma canção para o Pai e outra para a Mãe, Alda Casqueira estreou neste dia uma canção sobre a família, “Família lugar de amor”, escrita e composta a pedido do ISCF para este evento.
“Este espetáculo foi muito para além daquilo que é um contrato que fazem connosco. O ambiente que se viveu aqui foi tão acolhedor! Ver esta quantidade imensa de pessoas a cantar as nossas canções, as minhas canções foi de encher o coração. Estamos muito felizes”, afirmou Alda Casqueira no final do espetáculo realizado juntamente com a Animatus Band.
O Auditório Paulo VI encheu-se de pais e filhos, familiares e amigos de todos aqueles que frequentam os equipamentos sociais a cargo das Cooperadoras da Família, de norte a sul do país. Uma bela moldura humana que levou alguns dos presentes, em jeito de brincadeira, a falar em “milagre”. “Alguém me dizia que esta festa é um milagre. Tenho pena que, se eu levar este milagre para o Dicastério das Causas dos Santos, não vão aceitar como tal”, dizia Mons. Matos no final do encontro. “Mas de facto, é um milagre, porque esta união de tanta gente, vinda de tantas partes do país, representa uma força que não é só humana, é certamente o espírito de Mons. Alves Brás a congregar-nos e a encher o nosso peito de alegria, entusiasmo e esperança”, acrescentou.
No meio de muitas canções, a tarde terminou com uma coreografia do Hino do Fundador da Família Blasiana, pelas crianças do “Botãozinho”, do Centro de Cooperação Familiar, em Carcavelos.
Foi uma festa das famílias e para as famílias. “A família tem de ser refletida, pensada, estudada, mas acima de tudo tem de ser vivida, celebrada, cantada, dançada, enfim. Foi o que aconteceu hoje aqui e vamos de coração cheio”, concluiu Juan Ambrosio.
IM
Artigo da edição de agosto/setembro de 2025 do Jornal da Família
Fotos: ISCF