Família Blasiana assinala hoje os 51 anos sobre a morte do Fundador

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A condição da mulher e da família estiveram na base do legado deixado por Monsenhor Alves Brás. Nos anos 30, num Portugal rural e pobre, eram poucas as mulheres que tinham acesso a educação. Na tentativa de fugir à pobreza deslocavam-se para as cidades para servir em casa de famílias abastadas, mas a fraca formação profissional e espiritual tornava-as alvos fáceis de exploração. 

O Pe. Alves Brás, então Diretor Espiritual do Seminário Maior da Guarda, cedo se apercebeu do desamparo destas jovens criadas de servir. Em 1931/32 funda a Obra de Santa Zita (OSZ), uma associação que visava acolher, promover e formar humana, espiritual, profissional e socialmente, jovens do sexo feminino que se dedicavam ao serviço da família. Pouco tempo depois em 1933, funda o Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF), um Instituto de vida consagrada, cujo carisma e missão é o cuidado da santificação da família e dos sacerdotes, e cuja espiritualidade se inspira nos exemplos da Sagrada Família de Nazaré.

O serviço à família é a preocupação do Pe. Alves Brás e em 1960 funda os Centros de Cooperação Familiar (CCF) como meio para atingir os fins do Instituto Secular das Cooperadoras da Família.

Nesse mesmo ano, fundou o “Jornal da Família”, para difundir os valores fundamentais da família, para ajudar as famílias a consciencializar a verdade do que são, e para alertar para a importância do papel que desempenham na Igreja e no mundo.

Em 1962, fundou o Movimento por um Lar Cristão (MLC) que concorre, de modos diferentes, para o mesmo fim: cooperar com a família, enquanto célula fundamental da Igreja e da sociedade, na realização da sua vocação e missão. 

A 13 de março de 1966, antes de completar 67 anos, o Pe. Alves Brás morre vítima de um acidente de viação. O exemplo de vida que foi e a obra que fundou criou-lhe uma aura de santidade.

Em 1990, catorze anos mais tarde, foi introduzido o Processo de Beatificação e Canonização no Patriarcado de Lisboa. Em 2008 Bento XVI mandou publicar o Decreto de reconhecimento da heroicidade das virtudes do Servo de Deus, Joaquim Alves Brás.

Enquanto o milagre não chega para mais um passo do Venerável Servo de Deus na caminhada rumo aos altares, Joaquim Alves Brás, continua, todos os dias, a fazer milagres na vida de todos aqueles que se cruzam com as obras por ele fundadas e que continuam a desempenhar, nos dias de hoje, a sua missão ao serviço da família.

Vida e obra do venerável Monsenhor Joaquim Alves Brás em: www.padrealvesbras.com

Texto: IM/Jornal da Família